O secretário estadual de Saúde, Florentino Neto, criticou os supostos “furões” da fila da vacina contra a Covid-19 no Estado. Segundo ele, a Sesapi irá supervisionar e fiscalizar as próximas etapas da campanha e alerta que os municípios são os responsáveis pelo controle da fila de vacinação.
Florentino alerta para a necessidade de os gestores municipais ajudarem no cumprimento do protocolo de vacinação, garantindo a imunização dos grupos prioritários.
“A Sesapi é responsável por receber as vacinas, acondicionar de forma adequada e entregá-las aos municípios. Os executores das campanhas de vacinação são os municípios. Chamamos atenção e acreditamos que os gestores municipais vão cumprir o que diz o disciplinamento técnico relativo a vacinação. Não cumprindo, isso estará registrado nos nossos sistemas e estamos prontos para fazer a fiscalização. Estamos supervisionando e vamos fazer fiscalização a respeito da execução da campanha de vacinação contra covid-19”, disse.
O Ministério Público Estadual instaurou procedimentos administrativos em cidades do Piauí em que ocorreram denúncias de pessoas que furaram a fila. Políticos e pessoas que não estão inclusas no grupo prioritário da fase 1 da campanha de vacinação, que abrange profissionais da saúde que atuam na linha de frente de combate ao coronavírus e idosos institucionalizados, estariam se beneficiando da posição para receber o imunizante. Procedimentos administrativos foram instaurados nas cidades de Piracuruca, São João da Fronteira, São José do Divino, Pio IX e Guaribas e Uruçuí.
“Furar a fila é um ato socialmente repugnante. Seja uma fila de banco ou qualquer outra fila. Imagine em uma situação como esta. As autoridades de saúde estabelecem os públicos alvos em razão da escassez de vacina até o momento. Mas sabemos da necessidade de vacinar todos. Por isso, a Secretaria estadual de Saúde e a Fundação Municipal de Saúde estão chamando atenção para que sejam vacinados aqueles que efetivamente estão no público alvo”, afirmou.
Outro ponto destacado pelo secretário é que quem tomou a primeira dose da Coronavac não deve tomar a segunda dose da AstraZeneca. Segundo ele, há um controle rigoroso do cartão de vacinação do imunizados.
“São duas doses. A segunda dose é aplicada dose semanas após a primeira dose. Há um controle feito pelo sistema informatizado do programa Nacional de Imunização, e também, pelo programa próprio do Piauí e pelo próprio cartão de vacina da pessoa a ser vacinada. Onde consta qual a vacina ser utilizada e o período de tempo entre a primeira e segunda dose. Será obedecido rigidamente no caso da segunda dose para que ocorra a aplicação da vacina condizente com a da primeira dose que a pessoa recebeu”, destacou.
Fonte: Cidade Verde/Lídia Brito