A morte do empresário e médico barrense, Dr. Juarez Rocha, conhecido como o 'Rei da Melancia', que ocorreu no último dia 13 de dezembro, na BR-343, que liga Teresina ao Norte do estado, entre Altos e Campo Maior, ganha novos contornos, no que diz respeito à causa.
Investigações e suposições iniciais afirmam que a colisão teria acontecido pela alta velocidade que o médico estaria impondo em sua picape F-250. Uma testemunha, inclusive, chegou a afirmar que o médico passou pelo seu veículo com aproximadamente 160km/h.
Outras testemunhas, que não quiseram se identificar, afirmam que Juarez Rocha teria sofrido um mal súbito, o que ocasionou a perda do controle do carro, e conseqüentemente ele teria invadido a pista e colidido frontalmente com a carreta que vinha de Pernambuco, carregada de cerâmica.
Uma terceira suposição diz respeito a um envenenamento. Informações extra-oficias dão conta de que o ‘Rei da Melancia’ estaria sofrendo ameaças de morte, e que teria até registrado um boletim de ocorrência em Teresina. A partir daí a polícia trabalha a possibilidade da vítima ter sido envenenada antes de sair para Campo Maior.
IRMÃO DIZ QUE ELE SE MATOU
Mas o mistério que cerca a morte de Juarez Rocha, para alguns familiares e em especial seu irmão, o ex-vereador de Cabeceiras, Júlio César de Carvalho Rocha, está praticamente desvendado. Júlio César acredita que o médico teria cometido o suicídio, tese essa que alguns familiares, segundo ele, também apóiam. “A família não crê em envenenamento, pois já foram realizados vários levantamentos que constatam que essa possibilidade está descartada”, disse.
FORAM ATRÁS DE SUA MOVIMENTAÇÃO FINANCEIRA
Ele veio à sede do 180graus para falar sobre o caso e contou em entrevista que três dias após o acidente, esteve no local junto com o motorista da carreta, e que a partir daí teve início uma diligência por parte dele que investiga a possibilidade do médico ter intencionado a colisão. “Foram feitos prévios levantamentos de sua movimentação financeira e constatou-se a incidência de altos seguros, tanto na empresa, como nos veículos e seguros pessoais, todos com valores exorbitantes”.
F-250 ficou totalmente destruída, corpo ficou preso às ferragens
ESTARIA ABALADO, COM O PSICOLÓGICO AFETADO
Júlio César crê que o médico estivesse com o psicológico atingido de certa forma, pois seus rendimentos estavam comprometidos, principalmente por altas dívidas que ele possuía junto aos seus fornecedores e diversos bancos, como por exemplo, o Banco do Brasil, Itaú, Bradesco e Banco do Nordeste. No dia do acidente, algumas informações divulgadas por vários veículos de comunicação do Estado disseram que o médico estava com cerca de R$ 100 mil em sua F-250 e algumas jóias, e que tudo isso teria sido roubado no local do acidente; mas o irmão desmentiu a informação e disse que ele não estava com toda essa quantia, e que não usava colares nem pulseiras de ouro.
'MEU IRMÃO NÃO USAVA NEM ALIANÇA NO DEDO'
“Meu irmão era um homem trabalhador, empreendedor, que ajudava o município de Barras; foi um bom irmão, um bom filho e um bom pai. Meu irmão não usava nem aliança no dedo”, afirmou Júlio César. Nos últimos três meses de vida Juarez Rocha não demonstrava está com problemas. “Nos últimos três meses ele estava organizando sua vida como se estivesse fazendo uma despedida. Ele já tinha em mente o que queria fazer; ele era um excelente motorista, conhecia a BR-343 muito bem, isso não foi sem querer, ele estava disposto a provocar o acidente”, afirmou.
IRMÃO ACUSA A VIÚVA DE AMEAÇA DE MORTE
Nos últimos dias, a viúva de Juarez Rocha esteve no escritório e na residência de Júlio César acompanhada de seu gerente, e o fez diversas ameaças inclusive de morte. “Ela questionou possibilidade de estarmos investigando o suicídio, ela me disse que se tivesse com um revólver no momento teria descarregado em mim. Mas ela falou que na próxima vez que ir à minha casa se eu não tiver parado com essas investigações ela vai me matar. Por isso eu já estou procurando a justiça para pedir segurança. Eu só quero saber o que está deixando ela incomodada!” afirmou. “Nossa família não quer nada dele, todos os bens que ele tiver são dela e dos quatro filhos dele, nós só queremos que seja resolvido logo”, concluiu. Júlio César se coloca a disposição dos órgãos que investigam o caso e diz que está disponível para quem souber de informações que possam ajudar. O telefone para contato é o (86) 8105-1220.
Fonte: 180graus