A segunda edição do programa Viva Piauí que Trabalha, especial da TV Cidade Verde em homenagem ao Dia do Piauí, destacou na última terça-feira (15) as potencialidades industriais do estado na área de extração vegetal. A edição, que marca as três décadas de desenvolvimento acompanhadas de perto pela TV Cidade Verde, abordou números do setor industrial piauiense.

Atualmente, o Piauí possui 3.916 indústrias instaladas em seu território gerando empregos diretos para mais de 50 mil pessoas, a maioria advindos da construção civil. A geração anual é de cerca de R$ 4,7 bilhões que representam 12,7% do Produto Interno Bruto (PIB) do estado. A participação nacional ainda é tímida, representando apenas 0,4% do PIB industrial do país, mas o horizonte é de um cenário promissor.

Um exemplo são os moinhos de trigo que estão se instalando no Norte piauiense. No município de Altos, um casal de argentinos trabalha com um moinho que produz diariamente 48 toneladas de farinha de trigo por dia. A perspectiva é que até o final do ano a produção seja ampliada para 240 tonelada por dia, gerando 70 novos empregos com a ampliação.

A escolha do Piauí para a implantação da indústria se deu após uma pesquisa de mercado que identificou no estado um mercado consumidor da farinha de trigo, antes importada de outros estados.

“Nós sempre falamos que no Piauí tem tudo para se fazer. Tem que ter decisão, estudo e acompanhamento do Estado. Se os empreendedores não têm medo, tem estudo e apoio do governo, o Piauí tem muito o que crescer na área da indústria”, revelou o argentino Federico Musso, proprietário do moinho.

O secretária de Desenvolvimento Econômico, Igor Nery, adianta que uma nova empresa do ramo deve se instalar no pólo industrial de Teresina. São R$ 80 milhões para a instalação da empresa.

“A estimativa é que em maio do próximo ano eles estejam produzindo trigo no Piauí. Produção no cerrado, em pouco tempo nós teremos nosso próprio trigo”, afirmou o secretário.



Carnaúba

Segundo o IBGE o Piauí é o maior produtor de pó de carnaúba do Brasil, São cerca de 10 mil toneladas, o que equivale a 52% da produção nacional. O pó gera a cera, um dos produtos de exportação internacional. O estado produz 9 mil toneladas de cera por ano, a 2ª maior exportação do país, ficando abaixo apenas do Ceará.

Carvão Vegetal

O Piauí é quarto maior produtor de carvão vegetal do Brasil. Em 2018 foram cerca de 46.995 toneladas representando 13,89% da produção nacional. A maioria, 25% da produção local vem da cidade de Jerumenha.

Babaçu

Além da carnaúba, outra palmeira com bastante valor econômico no Piauí é o babaçu. Com grande valor aproveitável, o fruto gera insumos desde a casca até a amêndoa. Uma empresa incubadora foi implantada na Universidade Federal do Piauí que já resultou em uma franquia social de beneficiamento do babaçu, que tem beneficiado inclusive comunidades terapêuticas na criação de empregos e geração de renda.

Quartzito

Renomeado como pedra de Castelo, o quartzito é outro produto de exportação do Piauí. A pedra, que é extraída por uma mineradora na região de Castelo do Piauí, no Norte do estado, tem destino certo para países como, México, Argentina, Chile,  Portugal e Espanha, principal mercado consumidor. Ano passado foram comercializadas 1.500 toneladas que representaram cerca de R$ 2 milhões.

Opala

Pedra valiosa que representa o Piauí, a extração da opala já chegou a gerar R$ 3 milhões na economia do estado em um ano. Em uma área de extensão de cerca de 10 km na Serra dos Matões, no município de Pedro II, atualmente quatro minas estão em operação. Uma joia de 3 gramas com a pedra beneficiada pode chegar a um valor de R$ 10 mil. Artistas e empresários se organizam em 20 ateliês de jóias. As produções ganham o mundo, sendo vendidas para países como a França, os Estados Unidos e a  Alemanha.

Fonte: Cidade Verde