Terminou às 14h30 desta quinta-feira (30) a rebelião que aconteceu no presídio de regime semi-aberto, Colônia Agrícola Major César, localizada na BR 343, em Altos à 40 Km de Teresina. A Polícia Militar conseguiu acalmar os cerca de 90 detentos que iniciaram a revolta interna por volta das 10h. Eles reivindicaram mudanças nas visitas dos parentes e familiares, liberdade para os detentos que já cumpriram a pena e permanência nos pavilhões de origem. A Colônia Agrícola possui cerca de 300 detentos e 18 deles serão transferidos para a Casa de Custódia por causa da motim.Antes disso, eles são aguardados para exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal no final da tarde de hoje.
A tenente-coronel Júlia Beatriz, coordenadora de Gerenciamento de Crise da Polícia Militar, que negociou com os detentos, ressaltou que a direção do presídio está estudando fazer alterações na mudança das visitas. "Os presidiários querem que as visitas aconteçam na parte interna da colônia e não no pátio, como acontece atualmente", comentou a coronel, acrescentando que a única medida que a Secretária de Segurança pode tomar para resolver a situação dos detentos que já cumpriram penas e não foram liberados, é solicitar à Justiça que realize mais mutirões carcerários na Major César.
Outro motivo da revolta foi a transferência de presos de pavilhões, medida adotada pela direção da Majór César para dificultar a entrada de drogas e objetos proibidos no interior do presídio. As mudanças continuarão apesar da insatisfação de alguns detentos. Há ainda informações de que os detentos também estariam insatisfeitos com a administração do Tenente Maciel Sousa, diretor do presídio.
Quando a rebelião começou, foram acionados a tropa de elite da Polícia Militar do Piauí, formada pelo Grupo de Ações Táticas Especiais (GATE), Ronda Ostensivas de Natureza Especial (RONE) e Grupamento Tático Aéreo Policial (GTAP). Segundo o tenente Ancelmo Portela, diretor de presídios da Secretaria Estadual de Justiça, durante a manifestação não houve reféns, nem funcionários, PM's ou mesmo detentos feridos.
O motim iniciou-se após a realização de uma festa junina no hospital penitenciário Valter Alencar. Os detentos chegaram a atear fogo em alguns locais, queimando lençóis, roupas, colchões e cadeiras. A Polícia tentou minimizar a situação, informando que os detentos puseram fogo apenas em alguns itens e essas ações teriam sido isoladas, não representado grande proporções.
Fonte: Cidade Verde