"O orgulho, a arrogância, a glória
Enche[m] a imaginação de domínio” 

Ser oposição também é trabalhar para o bem de Altos e não carece de dizer que uma boa oposição possui importância fundamental na fiscalização e na celeridade dos processos, dos acontecimentos geridos pelo governo municipal. Os primeiros cem dias da atual gestão mostram que os próximos 3 anos não serão grande coisa, mas diante disso, as lideranças do partido que haveria de se opor e se impor na luta (e luta seria o seu lema partidário) por uma Altos justa, solidária, desenvolvida e que assista a todos e todas, se alia ao prefeito "em nome do bem comum", mas com o mesmo propósito com que fez alianças históricas e esdrúxulas com gestores que deixaram seu rastro de descaso e extravagância na cidade: manutenção dos privilégios ou conluios escusos que possam vir.

Não entram na aliança, evidentemente, a última prefeita e o Deputado em exercício, meros filiados que possuem alguma força eleitoreira, mas não se alinham às fileiras ideológicas e à militância do partido. Estão no PT, mas não são petistas.

O desejo do PT-Altos em ser coadjuvante é tão perpétuo quanto a ideia de que o partido possui número relevante de votos que o possibilite futuros conchavos. Votos que, aliás, são causa de toda mobilização inicial do prefeito cujo maior esforço e desempenho tem sido na tentativa de assegurar a reeleição para daqui a pouco mais de 3 anos. Quanto a isso, não se surpreenda se o PT vier com o vice. Protagonismo de esquerda não acontece por aqui e, apesar do profundo respeito que tenho para com as prostitutas é assim que a nossa esquerda se vende se deixando faltar até mesmo aquilo que Chico Science menciona lá em cima: orgulho, arrogância e glória.

Por Rubens Felix