Toda população de Altos tem consciência de que nossa cidade tem um sistema de saúde pública que deixa muito a desejar em todos os aspectos possíveis. Infelizmente moramos em uma cidade que não oferece saúde a seu povo. Saúde essa que é um direito garantido pela nossa constituição, mas que na prática, em Altos, é outra realidade e, lamentavelmente, está na UTI.
O Instituto de Saúde José Gil Barbosa opera em seu limite máximo, pois este hospital foi construído em uma época em que a necessidade da população Altoense era totalmente diferente da realidade que encontramos nos dias de hoje.
Quem se aventura a tentar ser atendido no hospital José Gil Barbosa, logo de cara vai encontrar uma sala de espera que tem sua estrutura física totalmente comprometida pela ação do tempo e por falta de conservação e reformas. Os bancos de madeira e concreto, não dão nenhum tipo de conforto para os pacientes que esperam pacientemente serem atendidos por um médico.
SALA DE ESPERA/BEBEDOURO
Uma vez dentro das dependências do hospital, se por acaso um funcionário ou mesmo os pacientes, que são em sua maioria os que mais utilizam os banheiros daquela unidade de saúde, necessitarem utilizar o banheiro que fica na sala de espera, irão se deparar com um verdadeiro descaso com o povo de Altos. Pois as paredes do banheiro encontram-se caindo aos pedaços, o reboco está completamente solto e sem falar na grande quantidade de sujeira que se acumula no piso e vaso sanitário, fato esse que poderia desencadear um caso de infecção hospitalar, matando as poucas crianças que ainda nascem neste lugar que chamam de hospital.
No caso de um paciente conseguir ser atendido por um médico, o mesmo vai se surpreender novamente ao entrar no consultório. Pois o consultório de urgência e emergência encontra-se totalmente abandonado, com uma pia totalmente suja, ar-condicionado com as laterais da parede cheias de mofo e fungos. Um verdadeiro depósito de micróbios e bactérias que podem piorar o quadro de saúde de uma pessoa que já esteja com seu organismo debilitado.
CONSULTÓRIO
Quem conseguir sobreviver a sala de espera, o banheiro caindo os pedaços e ao consultório com seu péssimo estado de conservação, vai ter de encarar uma enfermaria com paredes caindo a tinta, suporte para a aplicação de medicamentos intravenosos cheio de ferrugem e uma quantidade insuficiente de profissionais capacitados para atender ao grande número de pessoas que por lá passam todos os dias e que necessitam fazer pequenas suturas ou curativos.
ENFERMARIA
Quem necessitar de cuidados mais especiais e tiver que ser internado em um dos supostos leitos do Hospital José Gil Barbosa, vai ter que se conformar de ficar em um ambiente quase sem nenhum tipo de ventilação e com parte da tinta que recobre o teto caindo em suas cabeças.
Fonte: José Rodrigues/Portal Fala Altos