Nos últimos anos o município de Altos vem se destacando como polo regional pela intensa atividade comercial e diversidade dos serviços que oferece. Os investimentos realizados pelo poder público, no entanto, não fazem jus aos esforços da iniciativa privada.

Várias são as razões para tal observação. O município carece de melhoramentos e citamos como exemplo o fato de que atende, atualmente, cerca de 80 mil pessoas residentes, além do próprio, nos municípios de Alto Longá, Beneditinos, Coivaras, Pau D’Arco do Piauí, Prata do Piauí, Novo Santo Antonio e parte da zona rural de José de Freitas e Campo Maior.

São pessoas que buscam atendimento bancário. Dispõe o município, contudo, apenas de uma agência do Banco do Brasil, que, para completar, conta com apenas sete funcionários. Para atender tamanho contingente populacional, apenas uma agência bancária.

Defende-se, pois, que seja implantada uma agência da Caixa Econômica Federal no município dada à grande demanda ora reprimida, vez que em Altos existe apenas uma agência lotérica e um correspondente bancário da Caixa. Não raro, falta dinheiro para atender a população, que nos finais de semana geralmente se obriga em se deslocar a Teresina para um simples acesso ao caixa eletrônico.

Também carece o município de ampliação dos serviços judiciários, contando hoje em dia com apenas uma vara, quando seriam necessárias pelo menos duas para desafogar o grande fluxo de processos. Tramitam no Fórum de Altos nada menos que 4.600 ações, enquanto que em Floriano, que tem a mesma população, existem apenas pouco mais de 1 mil.

Como justifica esta situação?! Tem mais. Mensalmente, milhares de pessoas buscam, em Teresina, atendimento junto ao INSS, quando poderiam muito bem ser atendidos em nosso município, bastando para tanto que seja dado cumprimento ao projeto de implantação de um posto ou agência do Instituto.

O município tem pressa em crescer, mas parece que esbarra na falta de vontade política da sua classe dirigente. Os empresários têm produzido muitos investimentos da maior importância e gostariam de contar, ainda, com serviços de infraestrutura e saneamento básico, não realizados pelo poder público sob pretexto de que faltam recursos financeiros.

Não acredito nesta hipótese. Por isso mesmo encaminhei requerimentos ao Poder Executivo pedindo informações sobre convênios que visam repasses de recursos para asfaltamento e pavimentação poliédrica. Mais de 2,3 milhões de reais foram destinados nos últimos dois anos sem que tais recursos tenham sido aplicados na finalidade prevista. O que houve?! É o que gostaríamos de saber.

Por Toni Rodrigues