ARTIGO
A cidade de Altos possui quase 40 mil habitantes e fica somente a 38 quilômetros de Teresina. Quem não conhece, deve imaginar que deve ser um município próspero, pela proximidade com a capital do Estado. Mas, na verdade, os moradores sabem que não é bem assim.
A avenida principal de Altos é a BR 343, onde passam todo tipo de veículos pesados, o que deixa o trânsito violento. A sinalização é muito deficiente e existe pouca fiscalização na cidade. Por isso, a imprudência reina. Nas raras vezes que a Polícia Rodoviária Federal realiza blitzen em Altos, pelo menos 3 caminhões vão carregados de motocicletas, todas irregulares (seja por documentação do veículo ou do condutor).
Mas, esse é apenas um dos muitos problemas que os altoenses são obrigados a conviver. A saúde pública por exemplo, está na UTI, à beira da morte. Somente casos simples são atendidos no Hospital Municipal José Gil Barbosa. Os de médio e alta complexidade, são encaminhados para Teresina, ajudando a superlotar os hospitais da capital. O setor de Fisioterapia foi inaugurado, ao lado do hospital, mas a informação que temos, é que o local só funciona de 15 em 15 dias. Como um tratamento com fisioterapia pode funcionar com essa mísera frequência?
Ao andar por Altos vemos pessoas ociosas, principalmente jovens. Qual a probabilidade do futuro desse jovem, que é pobre, e vive com a mente desocupada? Uma delas é o mundo das drogas. O poder público não possui projetos que ocupem pelo menos um turno da vida de crianças e adolescentes, seja com esporte, ou com a capacitação profissional.
Os índices de violência são altíssimos. E a fragilidade da segurança faz com que bandidos de outras cidades façam a farra nas residências das famílias, que vivem trabalhando muito para conquistar um espaço mais aconchegante. Somente quem tem recursos financeiros pode investir na segurança eletrônica. O que não é o caso da maioria da população.
A estética da cidade passa a imagem de um lugar que foi abandonado, e depois habitado. A cidade é suja, escura, sem planejamento. Diferente de muitas cidade bem menores que vemos aqui mesmo no Piauí e nos Estados vizinhos Ceará e Maranhão. A praça Cônego Honório, que antigamente era linda, bem mas arborizada, com belos jardins, foi demolida para construir aqueles enormes canteiros, feios, sujos e sem jardinagem. Os bairros não possuem áreas de lazer, nem uma praça para o encontro da comunidade.
As eleições municipais se aproximam. A população precisa parar, refletir e tentar colocar no poder quem apresente melhores projetos para oferecer qualidade de vida aos altoenses. De preferência, uma novidade. Dar uma oportunidade. Todo mundo merece uma! Quem já teve e não fez, não tem porque continuar para repetir o mesmo erro.
Fonte: 45graus
A cidade de Altos possui quase 40 mil habitantes e fica somente a 38 quilômetros de Teresina. Quem não conhece, deve imaginar que deve ser um município próspero, pela proximidade com a capital do Estado. Mas, na verdade, os moradores sabem que não é bem assim.
A avenida principal de Altos é a BR 343, onde passam todo tipo de veículos pesados, o que deixa o trânsito violento. A sinalização é muito deficiente e existe pouca fiscalização na cidade. Por isso, a imprudência reina. Nas raras vezes que a Polícia Rodoviária Federal realiza blitzen em Altos, pelo menos 3 caminhões vão carregados de motocicletas, todas irregulares (seja por documentação do veículo ou do condutor).
Mas, esse é apenas um dos muitos problemas que os altoenses são obrigados a conviver. A saúde pública por exemplo, está na UTI, à beira da morte. Somente casos simples são atendidos no Hospital Municipal José Gil Barbosa. Os de médio e alta complexidade, são encaminhados para Teresina, ajudando a superlotar os hospitais da capital. O setor de Fisioterapia foi inaugurado, ao lado do hospital, mas a informação que temos, é que o local só funciona de 15 em 15 dias. Como um tratamento com fisioterapia pode funcionar com essa mísera frequência?
Ao andar por Altos vemos pessoas ociosas, principalmente jovens. Qual a probabilidade do futuro desse jovem, que é pobre, e vive com a mente desocupada? Uma delas é o mundo das drogas. O poder público não possui projetos que ocupem pelo menos um turno da vida de crianças e adolescentes, seja com esporte, ou com a capacitação profissional.
Os índices de violência são altíssimos. E a fragilidade da segurança faz com que bandidos de outras cidades façam a farra nas residências das famílias, que vivem trabalhando muito para conquistar um espaço mais aconchegante. Somente quem tem recursos financeiros pode investir na segurança eletrônica. O que não é o caso da maioria da população.
A estética da cidade passa a imagem de um lugar que foi abandonado, e depois habitado. A cidade é suja, escura, sem planejamento. Diferente de muitas cidade bem menores que vemos aqui mesmo no Piauí e nos Estados vizinhos Ceará e Maranhão. A praça Cônego Honório, que antigamente era linda, bem mas arborizada, com belos jardins, foi demolida para construir aqueles enormes canteiros, feios, sujos e sem jardinagem. Os bairros não possuem áreas de lazer, nem uma praça para o encontro da comunidade.
As eleições municipais se aproximam. A população precisa parar, refletir e tentar colocar no poder quem apresente melhores projetos para oferecer qualidade de vida aos altoenses. De preferência, uma novidade. Dar uma oportunidade. Todo mundo merece uma! Quem já teve e não fez, não tem porque continuar para repetir o mesmo erro.
Fonte: 45graus