Os Guardas Municipais de Altos mais uma vez tornam público as péssimas condições de trabalho enfrentadas pela categoria.
Eles chegaram a apresentar, inclusive, ao então Promotor de Justiça de Altos, Antônio Rodrigues de Moura um documento com imagens e vídeo que comprovam o sucateamento da guarda, a falta de investimentos e o descaso por parte da Administração local.
Diante disto, o Ministério Público propôs uma Ação Civil Pública, com pedido de antecipação de tutela.
Mas, o juiz da Comarca de Altos, Magistrado Celso Barros Filho, julgou improcedente os pedidos contidos na Ação Civil Pública. Ele explica que não cabe ao poder judiciário ou ao Ministério Público do Estado adentrar no mérito de investimentos ou gastos públicos, sob pena do agigantamento de um poder sobre os demais, devendo cada parcela do poder ser exercida por quem a Constituição Federal incumbiu para tal ofício.
A categoria informa que é clara a intenção do Executivo Municipal em promover o sucateamento da instituição Guarda Municipal, haja vista que a sede encontra-se completamente depreciada, com mato crescendo em suas dependências e a não substituição de lâmpadas quando estas vêm a queimar.
A viatura pertencente à Guarda encontra-se parada há vários anos, estando na oficina do Sr. Wilson, situada à rua Antonio Ribeiro, no centro da cidade, e tendo sido ao longo deste período retiradas várias peças, inclusive o motor, numa clara demonstração de respeito da atual administração para com a coisa pública, A viatura era instrumento de utilização exclusiva da Guarda e que oferecia auxílio considerável, e diante do devido chamamento, às Polícias Civil, Militar e Rodoviária em nosso município, bem como na realização de rondas escolares, o que certamente contribuía para inibir qualquer tipo de violência ou crime que viesse a ser praticado nas cerâmicas de referidas unidades.
Estas são as condições de trabalho dos Guardas Municipais em Altos. E estes pedidos a justiça infelizmente entendeu como "improcedentes". A categoria expressa insatisfação, é claro. Resta agora aguardar um pouco de bom senso por parte do executivo, o que, pelo visto é muito difícil.