"No próximo dia 4 de novembro, estarei lançando, em Altos, meu livro UM REPÓRTER, que conta 22 anos de jornalismo no Piauí. Muitas histórias e seus bastidores por quem viu de perto e tem o despreendimento para relatar. Sem disfarce ou qualquer receio. O compromisso com a informação e o interesse público. O lançamento começa às sete da noite e espero contar com todos vocês. Será no “Boteco do Gordo” (Centro Cultural Zé da Prata), no antigo Mercado Público, bem no centro da cidade." Toni Rocdrigues.
Confira, abaixo, o capítulo intitulado “Espírito de Contestação”:
Em 1968, o mundo estava passando por grandes transformações. A liberação sexual, a pílula anticoncepcional, os movimentos sociais e políticos. Os EUA preparavam a conquista da Lua, que aconteceria no ano seguinte. Em solo americano, dois assassinatos de traumáticas consequências.
O pastor luterano Martin Luther King dizia “I have a dream” para multidões em delírio diante da sua figura de ébano. Seu sonho incomodou poderosos que não queriam a igualdade de direitos e oportunidades entre brancos e negros. Foi morto a tiros a mando dos opositores dos direitos civis durante uma manifestação em Memphis, no Tenessee.
Bob Kennedy, candidato democrata e favorito na disputa presidencial daquele ano, prometia revelar e condenar os assassinos do seu irmão, Jhon, morto há cinco anos, em Dallas, provavelmente a mando da máfia ou dos defensores da Guerra do Vietnã. Foi abatido durante um discurso.
Foi também em 1968 que o revolucionário “Che” Guevara se transformou num ícone socialista. Ele fora morto em 1967 na Bolívia ao tentar expandir a revolução comunista na América Latina. Sua imagem heróica fixou-se exatamente um ano depois.
Na França, estudantes protestaram contra a redução dos investimentos públicos na educação. No Brasil, as ruas do Rio de Janeiro e de São Paulo se transformaram em palco de enfrentamento entre estudantes e ditadura.
Os militares não deixaram por menos e em dezembro decretaram o AI-5, fechando o Congresso, cassando direitos políticos e liberdades individuais. A brutalização do regime levou centenas ao exílio e provocou inúmeras mortes. A tortura foi institucionalizada.
Nasci em meio a toda essa turbulência histórica — felizmente a salvo em território piauiense. Talvez seja daí que vem o meu espírito contestador.
1993 - Toni Rodrigues entrevista o então governador Freitas Neto no Palácio Pirajá
1998 - Entrevista com Mão Santa na Rádio Nativa, em Altos
2003 - Entrevista com Alberto Silva na TV Meio Norte
2009 - Toni Rodrigues na apresentação do “Revista da Manhã”, na Rádio Teresina FM (91,9 MHz)
Fonte: 45 graus/Gilberto Damasceno