O diretor de presídios, Fagner Martins, informou que foi instaurado um procedimento administrativo disciplinar para apurar as causas da discussão que envolveu Adão José de Sousa, 40 anos, suspeito de comandar o estupro coletivo contra as quatro adolescentes em Castelo do Piauí, no mês de maio. Na semana passada, o preso foi agredido durante o banho de sol por outro preso, e sofreu apenas lesões leves.
“Ainda não soubemos se a agressão do outro preso ocorreu porque ele reconheceu o detento. Também estamos apurando se o Adão era vítima ou se ele é autor dessa confusão. Após o episódio, ele foi submetido a exame de corpo de delito e suspendemos o banho de sol do detento até que a situação seja apurada, o que demora em torno de 20 dias”, disse Fagner Martins.
O diretor revelou ainda que os cuidados estão sendo redobrados para garantir a segurança do suspeito, que ainda aguarda julgamento. “Os presos são chamados pelo nome e não pelo tipo de delito que cometeram. Até as visitas acontecem de forma reservada para não correr o risco de alguém apontá-lo como suspeito do caso de Castelo”, reitera.
Em entrevista ao Notícia da Manhã, desta segunda-feira (20), Fagner Martins disse que Adão de Sousa permanece em uma cela isolada e com acompanhamento permanente.
“O Adão já tinha passado pelo período de triagem e estava saindo para o banho de sol há cerca de 10 dias. O fato de ele ter sido agredido funcionou como um teste de segurança. Enalteço o trabalho de monitoramento, o que evitou o agravamento da situação, que ainda não sabemos se ocorreu por que o preso o reconheceu”, destacou.
Após julgado, o suspeito deverá permanecer na Casa de Detenção de Altos ou na Casa de Detenção Provisória Dom Inocêncio Santana, em São Raimundo Nonato, considerados unidades no sistema prisional do estado com maior segurança.
“Em Teresina só temos a Irmão Guido para cumprir sentença, o que seria um risco para este preso. Acreditamos que será feito um requerimento para mantê-los em uma destas duas.
Fonte: Cidade Verde