Recentemente os Altoenses tem visto com assombro a quantidade de jovens que infelizmente perdem suas vidas no trânsito. Logico que este trágico fenômeno é nacional. Segundo o Ministro das cidades Aguinaldo Ribeiro “O trânsito no Brasil mata mais do que uma guerra”. Ele lembrou que a ONU estima que 10 mil pessoas morreram nos confrontos da Síria, desde o início dos conflitos há 15 meses, enquanto o trânsito no Brasil matou mais de 42 mil pessoas em 2011. Fato esse que não deixa de pesar em nossa cidade.

Ouço muitos Altoenses criticarem o governo em geral por não criarem leis mais severas para motoristas imprudentes entre outras coisas. Eu penso que de certa forma eles estão certos e por outro lado há uma falta do brasileiro admitir que o Álcool seja uma DROGA PODEROSA. De forma alguma eu acredito numa droga social, permissível ou adaptável. Creio que qualquer produto que tire a sã consciência de qualquer individuo e o faça relaxar – estar tirando-o de sua realidade.

As redes televisivas “abertas” tem sua contribuição do mal. Eu defendo um comercial para cervejas num horário bem tarde. É simples como um comercial de cerveja passa na tv sua mensagem: geralmente lindas mulheres a beira praia, todas as pessoas são belas – ninguém é feio – sempre com um sorriso no rosto, o acesso ao gostar e amar é rápido – observe como são os olhares atentos nos corpos – sexo rápido, tudo é rápido – com cores quentes para atrair – olhe os rótulos das cervejas: amarelo ou vermelho. A mídia não está errada em propagar este tipo de comercial – seu objetivo é vender – mais creio que tem que haver um limite.

Porque associado a estes comerciais de cervejas existem outros – observem quando se passa um jogo de futebol na tv ou nos intervalos: aparece um de carro ou de moto. Uma mistura explosiva no subconsciente do consumidor que acha que a vida é emergencial. São formas de ser visto na sociedade: beber e ter um transporte.

É um status social, uma necessidade atual do homem brasileiro. No nordeste esse apelo se faz forte com as letras de musicas dos grupos de forró. Nessas letras se falam em “playar”, beber até cair, “casas das primas”, carros, status e dinheiro. Qual criança e adolescente tem o discernimento de saber se isso tudo em demasia é bom ou ruim? O que fica gravado em suas memórias? Assim a realidade é construída e em quase todas as ruas de Altos há um bar e nossos jovens são emergenciais: correndo a mil, achando que tudo podem, querem mais e mais e nada os contentam.

Lógico que não posso culpar a mídia por fazer as pessoas beberem, nem todos vivem pela mídia ou deixam se arrastar por ela. O problema do álcool e das drogas é mundial e dentro desse problema há um emaranhado de razões pelo qual as pessoas bebem. Neste texto, de certa forma cito a influência da mídia que é forte, creio numa limpeza na tv aberta: REDE GLOBO E COMPANHIA, uma moderação nos horário de seus comerciais sobre cerveja no qual não deixam de interferir nas mentes em criar uma necessidade ilusória. Isso acaba refletindo nas estradas – numa corrida sem fim. E para finalizar eu não posso deixar de crer no poder do governo – sendo necessárias leis que sejam efetivamente cumpridas, e não apenas escritas.

Por Cacá Ventura