Os bancários decidiram, em assembleia realizada nesta segunda-feira, entrar em greve nacional por tempo indeterminado a partir desta terça-feira. Eles não chegaram a um acordo com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) em discussão sobre remuneração e benefícios. A paralisação engloba instituições públicas e privadas.

A categoria recusou a proposta de 8% de reajuste dos salários. "Isso significa apenas 0,56% de aumento real, continuando distante da reivindicação de 12,8% de reajuste (5% de ganho real mais a inflação do período)", afirma o presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro. Segundo ele, a proposta não contém valorização do piso salarial, não amplia a participação nos lucros e não traz avanços em relação a melhoria das condições de trabalho.

Às 20h55 os sindicatos dos bancários do Piauí, São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Porto Alegre, Curitiba, Alagoas, Ceará, Paraíba, Mato Grosso, Espírito Santo, Campo Grande, Campinas, Juiz de Fora, Piracicaba, Teresópolis (RJ), Itabuna (BA), Sul Fluminense (RJ), Jequié (BA), Ipatinga, Dourados (MT), São Leopoldo (RS), Guarapuava (PR) e Vitória da Conquista (BA) tinham decidido aderir à greve.

Em Altos a única agência bancária (Banco do Brasil) amanheceu com cartazes anunciando a greve. No entanto, os funcionários decidiram trabalhar durante o dia de hoje. A expectativa é de que o atendimento aos clientes não funcione a partir de
amanhã(28).

A agência do Banco do Brasil de Altos atende aos clientes de cinco municípios: Altos, Coivaras, Pau D'arco, Alto Longá e Beneditinos. Sejam elas pessoas físicas ou jurídicas.

Os serviços de atendimentos aos clientes do BB de Altos já não são dos melhores, com a greve tende a piorar.

Atendimentos como contratos, renovação de senhas, abertura de contas, não serão realizados enquanto os bancários permanecerem em greve. Somente o auto-atendimento funcionará normalmente.

Por Gilberto Damasceno