Um dia após o acostamento da BR-343 desabar no trecho entre Teresina e Altos, o trânsito ainda flui lentamente na rodovia. O asfalto cedeu após as fortes chuvas que caíram sobre a Capital nas últimas 24 horas. O sistema de drenagem da pista não suportou o volume de água e sem ter para onde escoar, ela acabou infiltrando, resultando no afundamento da estrutura.

Diante da previsão de mais chuva para os próximos dias, e levando-se em conta que a média de precipitação no Estado já é a maior nos últimos nove anos, o Departamento de Estradas e Rodagem (DER) e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT) providenciaram a colocação de pedras sob a parte do acostamento que cedeu.

“Como o fluxo na estrada não pode parar, foram colocadas estas pedras para sustentar o peso dos veículos que trafegam por aqui e evitar que o asfalto ceda novamente. Vale lembrar que esta medida é provisória, uma vez que está sendo planejada a instalação de um sistema de drenagem maior”, esclareceu o diretor do DER, Castro Neto. O Departamento disse ainda que a entrega da obra do sistema de drenagem está prevista para agosto.



O órgão, junto com o DNIT, fará um levantamento das condições estruturais da BR-343, mas as observações preliminares já apontaram que o trecho entre Teresina e Altos é o ponto mais crítico da rodovia, por ser o mais baixo e facilitar o acúmulo da água da chuva. Foi o que informou o superintende Paulo de Tarso, do DNIT.

PRF orienta desvios

Apenas uma via da BR-343 – o sentido Altos-Teresina – está totalmente liberada e sendo usada como mão dupla, tanto para quem chega, quanto para quem sai de Teresina. Como houve redução no espaço para a passagem dos veículos, a Polícia Rodoviária Federal se encontra no local para orientar os motoristas sobre os riscos de acidentes.



A PRF está pedindo que os motoristas que precisem sair de Teresina pela BR-343 utilizam vias alternativas. “Ou você vai pelo Planalto Uruguai ou pelo Alto da Ressurreição ou pela Expoapi. A interdição é parcial, mas temos uma via única sendo usada nos dois sentidos, então para evitar congestionamentos devido à lentidão da passagem, pedimos para que as pessoas que puderem, evitem passar por aqui pelo menos até que os reparos na estrutura estejam sendo feitos”, afirmou o inspetor Barros Filho.

A preocupação da PRF, de acordo com ele, não é apenas com a formação de congestionamento, mas também o risco de mais danos à ao asfalto por conta do peso dos veículos que passam pelo local. O tráfego intenso, de acordo com o inspetor Barros, exige mais da estrutura asfáltica que, no momento, já se encontra bastante comprometida por conta do acúmulo de água tanta na parte interna, quando na parte de cima e nas laterais, com a formação de poças.

Fonte: O Dia
Fotos: PRF